Comportamento

Como a consultoria de imagem e estilo está lidando com a autoaceitação?

Essas questões andam permeando debates e posicionamentos, por vezes antagônicos, no campo da imagem e estilo pessoal

Quem se aceita totalmente o tempo todo? Quem disse que é fácil lidar com a idade, a percepção da própria imagem e questões internas que afetam o jeito como nos sentimos e nos vemos? É a partir daí que devemos falar sobre a importância da atuação da consultoria de imagem e estilo diante dessa
autoaceitação.

Reprodução/Web

A consultora de imagem e estilo, Flanry Carvalho, explica sobre a relevância do trabalho de um consultor diante da autoaceitação e acerescenta que considerar o momento de vida da cliente, seus limites e dificuldades, pode fazer diferença na vida dela.

Consultora Flanry Carvalho | Reprodução/Web

“Aceitar e elevar a autoestima. A consultoria de imagem fornece uma das ferramentas mais importantes que temos nos dias de hoje, que é o autoconhecimento. Esse acompanhamento profissional leva a pessoa a entender e a trabalhar todo esse sentimento de não saber se aceitar, ajudando a cliente a encontrar a verdadeira essência, em mostrar para o mundo realmente quem ela é” (Flanry Carvalho)

“Aceitar-se plenamente? É uma violentação da minha vida. Cada mudança, cada projeto novo causa espanto: meu coração está espantado”. Essa frase de Clarice Lispector, em Um Sopro de Vida, nos leva a refletir sobre os limites, sempre singulares, da autoaceitação.

Será que somos capazes de nos aceitar por completo? Muitos não acreditam nisso. O que vale para tudo na vida, incluindo aí nossa aparência, corpo, imagem pessoal.

Reprodução/Web

Será que um dia as mulheres vão deixar de exigir tanto de si mesmas e das outras ao seu redor? É preciso entender que nem tudo depende de força de vontade. Saber encarar os próprios limites é
saudável e ajuda a lidar bem com nossa saúde mental.

Reprodução/Web

A autoaceitação e questionamentos de modelos estéticos

Movimentos como body positive atestam isso: mulheres do mundo inteiro, todos os dias, descobrem que não precisam ter um corpo magro e se ajustarem a padrões de silhueta. São bonitas, saudáveis e esse gostar de si ajuda a disseminar uma nova cultura de beleza e bem-estar com a aparência. Mas nossa cultura continua imersa no ideal de juventude.

A mulher é avaliada pela aparência muito mais do que o homem e envelhecer significa estar exposta a todo tipo de avaliação depreciativa.

Reprodução/Web

Até poucos anos atrás, o tema da idade era tão incômodo que atrizes, artistas, cantoras o evitavam ao máximo. Felizmente esse silêncio sobre envelhecer foi sendo rompido: mulheres consideradas modelos de beleza chegaram aos 50, 60 anos.

Reprodução/Web

“Acredito que nos dias de hoje as mulheres estão se cuidando cada vez mais comparado aos anos anteriores, aceitando a sua idade com maturidade, sendo feliz por cada ano vivido. Isso é incrível, não ter medo de ser julgada por está envelhecendo em paz, isso é uma grande conquista. A verdade é que as mulheres estão cada vez mais exaustas com esse questionamento, em que muitos apontam que ter rugas, flacidez e ganhar peso, é não ter mais beleza. Por mais doloroso que seja aceitar os cabelos brancos e todos outros sintomas que a mulher possui na menopausa, elas estão se tornando cada dia mais autoconfiante com a idade e dispostas a conquistarem muitos mais do que já conquistaram” (Flanry Carvalho)

Ainda temos uma sociedade gordofóbica, não dá para negar, mas cada vez que uma marca coloca na passarela tops plus size, por exemplo, cai um tijolinho de estereótipo, aos poucos, a mulher gorda começa a integrar o casting de desfiles.

Reprodução/Web

”O movimento da diversidade de belezas vem crescendo e as mulheres vem se tornando cada vez mais emponderadas e independentes. Entretanto, uma outra parte ainda tem dificuldade em se aceitar por conta dos “corpos perfeitos “ que costumamos ver nas redes sociais e que muitas vezes possuem edição e efeitos, sem corresponder com a realidade” relata Flanry Carvaho.

Cada pessoa vai lidando com as quebras de padrões de acordo com seu tempo, por isso o nome transição, que envolve processo, descoberta, ressignificação, novos olhares

Sobre o Julianna Terra

Carioca ariana nascida em 1991, editora de moda, mercadóloga, redatora e especialista em comunicação de moda, fashion weeks e tendências. Amante da sétima arte, música, e papelaria.

Deixe seu carinho nos comentários!

%d blogueiros gostam disto: