Confira todas as novidades e os principais destaques que rolaram na semana de moda masculina 2023
A semana de moda masculina, que aconteceu entre os dias 12 e 22 de Janeiro entre Milão e Paris, reuniu diversos desfiles com coleções cada vez mais desconstruídas e que evidenciam que a moda para os homens nunca mais será a mesma.
Entre os principais apontamentos visto nas passarelas, estão o conforto, que aparece em peças acolchoadas, repletas de aconchego, assim como as peças de sleepwear mescladas ao streetwear, com um toque despojado e confortável.
A moda sem gênero e o reforço da não binariedade, mais uma vez foi destaque nas coleções, com peças mais ajustadas, uma maior liberdade dos estilistas em criar para os homens. Nessa nova edição da semana de moda masculina tivemos comprimentos mais curtos, mini saias, croppeds, corsets, e tops de um ombro só vestindo os meninos com muito estilo e personalidade.
Ainda nesse embalo, os brilhos – que vieram para decretar o começo de uma nova era no mundo da moda foram vistos aos montes nos desfiles masculinos, mostrando que os meninos gostam muito de um toque glam super charmoso.
Detalhes como as lantejoulas da Armani, pedrarias da Gucci e aplicações glamourosas em looks apresentados na coleção da Fendi reforçaram essa tendência que marca o fim do minimalismo e dá as boas vindas para o luxo e o sofisticado nos looks, inclusive para os homens.
E já que estamos falando de inverno, as passarelas dos desfiles de moda masculino trouxeram novidades para aquecer na temporada: a textura felpuda, super quentinha e com um aspecto desgastado e, nos remetendo ao grunge dos ano 1990, e o comprimento midi que apareceu em diversas peças.
Os desfiles
Botter
A grife de origem caribenha, dominicana e holandesa trouxe para a passarela uma moda urbana super criativa e com toque de revisitado, com direito a efeito acolchoado nos coletes e jaquetas, as polos listradas e acabamentos acetinados com um toque de sofisticação, além de uma alfaiataria despojada e cores vibrantes, escancaradas em uma coleção que enaltece o urbano.
Marant
Para esta coleção, a Marant – marca masculina da Isabel Marant – aposta no conceito de um guarda-roupa casual, com um mix de peças essenciais e atemporais. ara o próximo outono/inverno, o jeans prevalece: aparece em tons cru, acolchoado, branqueado, tingido e com prints impressos a laser.
O denim é destaque em camisas e macacões, que contrastam com malhas soltas e puffers. A coleção aposta em conforto e traz de volta o veludo cotelê. Agasalhos ganham shapes quadrados e as calças têm proporções mais largas. Eles são coordenados com tênis com velcro e botas Chelsea.
Enquanto listras, motivos gráficos e colorblocked continuam sendo itens básicos da coleção da Marant, tons de azul e azul-gelo são combinados com toques de rosa-choque e outras cores vibrantes do outono.
O amor eterno de Isabel pela alfaiataria se reflete nos casacos estruturados com um ar preppy. As vibrações britânicas se misturam com Berlim. Neste ponto, a influência de gerações X moda se entrelaça, acenando para os diferentes estilos e personalidades da cena underground dos anos 1980 e 1990 e convocam um ressurgimento da Nova Era.
Emporio Armani
Teve brilho, cintos marcando as cinturas, calças com paetês e laços nas golas das camisas no melhor estilo Saint Laurent, a forte presença do lavanda nas composições e uma alfaiataria super flexível que reforça a importância de termos peças cada vez mais livres de gênero.
Foi com esse toque de era disco que a Emporio Armani trouxe para seu desfile de moda masculina uma coleção feita para embalar as pistas de dança no final de semana, cheia de liberdade, glamour e um toque sofisticado.
Dsquared2
Para seu desfile, a grife que fechou o primeiro dia de desfiles da semana de moda masculina de Milão, a marca trouxe para a passarela a próxima década já apontada para virar tendência – os anos 2010 – de maneira revisitada e criativa, com direito a looks fresquinho e a mistura sensual de lingerie totalmente desconstruída com outras estéticas, entre elas o grunge dos anos 1990, o preppy e o western em um stylist muito bem elaborado por Haley Wollens, potencializando sua importância em um desfile de moda.
Gucci
A Gucci já dá sinais que sem Alessandro Michele, suas coleções não serão mais as mesmas, foi o que ficou aparente na primeira coleção sem o diretor criativo.
Com um toque mais clássico e sem muitas novidades, a grife italiana apresentou uma coleção sem grandes extravagâncias – muito adotadas por Michele, dando lugar a modelagens mais amplas, regatas sobrepostas por blazers, jaquetas coloridas pertencentes ao acervo da grife além de macacões diferentões e camisas com algumas transparências, volumes e ombros marcados que não chegava a ser mais do mesmo mas é muito distante do que estávamos acostumados na era Alessandro.
Louis Vuitton
O diretor criativo para substituir o lendário Virgil Abloh ainda não apareceu, e enquanto isso a Louis Vuitton usa tudo o que tem para trazer desfiles interessantes para a passarela, afinal a meta é manter a grife aos olhos da mídia e despertar desejo nos compradores, fãs e órfãos do já falecido diretor criativo da marca.
Com direito a um cenário super elaborado e o time de design assinando mais uma vez a coleção com a participação de Col Dillane, tivemos uma transmissão ao vivo da coleção, com direito a performance de Rosália e uma playlist, onde até o funk brasileiro teve seu espaço. Entre as peças, o toque minimalista em uma alfaiataria bem estruturada aparecendo de maneira secundária na coleção, as modelagens oversized, coloridos e puffers são a cara da coleção de maneira criativa.
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