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Por que as grifes ainda tem receio de se associar aos artistas da periferia?

Nas comunidades, as marcas de luxo são muito exaltadas, principalmente pelos artistas. Mas mesmo com várias citações em letras de músicas, por que as grifes ainda têm receio de se associar a artistas da periferia?

O estilo mandrake bomba nas redes sociais, fazendo referência ao estilo dos jovens das favelas e dos bailes funks. Com mais de 788 milhões de visualizações na hashtag. Porém mesmo com a tamanha popularidade, esse formato de vídeo é duramente criticado por sua estética.

Vídeo – Reprodução YouTube

Não é de hoje que marcas de luxo tem uma forte influência dentro das favelas, ali por meados de 2010, quando o funk de São Paulo começa a ganhar mais força, vemos as primeiras marcas como a Oakley ganhar destaque entre os looks e as letras dos funkeiros.

Mas apesar da marca ser a queridinha entre os jovens, nunca houve um mínimo interesse da marca em se aproximar desses consumidores. Os mesmos são literalmente rejeitados pela grife por não serem bem quistos pelo público da marca.

Foto: Reprodução Internet

Apesar de estarmos falando de marcas de luxo, é inegável que essas grifes têm uma forte presença dentro das comunidades, onde certamente se fizermos uma pesquisa de mercado com cada uma dessas grifes constataremos uma grande fatia de consumidores vindo de regiões periféricas.

Por que as grifes ainda tem receio de se associar? A polêmica da Lacoste

Recentemente, a grife francesa Lacoste se envolveu em uma polêmica, quando em sua última campanha não escalou nenhuma personalidade periférica, mesmo a marca sendo venerada por grande parte dos funkeiros, o que gerou revolta nas redes sociais.

Campanha da Lacoste: Reprodução da Internet

Muitos artistas se manifestaram em suas redes reivindicando a falta de representatividade das comunidades nas campanhas das grandes marcas, e mediante a toda repercussão, a marca convidou Mc Dricka para compor o time de embaixadores. Mas toda essa nítida falta de interesse em estabelecer contatos com os artistas da favela é só a ponta do Iceberg.

Por que as grifes ainda tem receio? Preconceito

Concluímos que na verdade o preconceito racial e social faz com que as marcas tenham receio de estreitar suas relações com os artistas da periferia, mesmo que eles geram muita influência e retorno financeiro.

Vídeo – Reprodução YouTube

O medo de ter sua marca desvalorizada por associação a movimentos e artistas periféricos fazem com que mesmo que essas personalidades tenham visibilidade e possivelmente sejam a maior parte de seus consumidores, eles continuem rejeitados e invisibilizados.

Sobre o Julianna Terra

Carioca ariana nascida em 1991, editora de moda, mercadóloga, redatora e especialista em comunicação de moda, fashion weeks e tendências. Amante da sétima arte, música, e papelaria.

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